Está chegando o Mês de Agosto, mês este que significa para muitos agricultores, época da poda de videiras e também de grande maioria das plantas frutíferas de clima temperado. Para melhor explicar esses métodos irei abordar durante algumas edições do Jornal Oeste Notícias umas explicações para a técnica de poda em Uvas. Começarei a explicar o porque da utilização dos “cavalos” ou porta-enxertos na cultura da UVA, mas abrangendo seus princípios para todas as outras plantas que aceitam tal prática.
O porta-enxerto tem grande influência em cada fator especifico da copa e através disto manifesta-se sob diversas formas, começando pela enxertia. Com efeito, esta operação cria, ao nível da zona onde foi praticada, um relativo estrangulamento à passagem de seiva nos dois sentidos, circunstância que promove um aumento, na copa, da relação Carboidratos (açucares)/Nitrogênio, esta condição gera um condicionamento favorável à diferenciação floral e, consequentemente a frutificação, fator este que justifica a precoce produção de frutos nas plantas a qual foram práticas a enxertia.
A resistência ou tolerância ou, pelo contrário, a susceptibilidade ou intolerância que os porta-enxertos possam mostrar em relação a algumas doenças e pragas, pode definir o comportamento geral das árvores e o valor prático e econômico das combinações de enxertia.
Existem diversas Cultivares de Uvas com diferentes espécies mas sempre com o mesmo gênero Vitis, as cultivares mais plantadas em nossa região são da espécie riparia, ou seja os porta-enxerto (420-A, IAC 766...) e as labruscas ( Niágara Rosada, Ivis Bordô, Niágara Branca, Isabel...) com mais rusticidades em relação aquelas de espécie viniferas (Cabernet, Italia, Rubi...) que são plantadas também mas em número bem reduzido, sua origem é Euro-Asiática , sendo as riparias e labruscas com origem Norte-Americana.
CARACTERÍSTICAS DOS PORTA-ENXERTOS:
O 420 A tem aspecto de apresentar mais rentabilidade a solos de baixa a média frtilidade e suas raízes abrangem mais e se desenvolvem e absorvendo mais nutrientes, pois as mesmas “vão atrás de alimento” e tem a característica de proporcionar um cultivo de uva enxertada com uma melhor abrangência de ramificações da parte vegetativa e consequentemente havendo mais ramos, aumenta o local de cachos para bagas de uvas.
O 766 sendo considerado o segundo é muito agressivo ao solo e proporciona à uva crescimento vigoroso que seria em muitas culturas, o melhor, mas na uva é diferente pois ela precisa “sofrer” um pouco para gerar boa produtividade, sendo assim sem muitas folhas, este porta-enxerto diferencia-se também do 420 A devido a sua baixa ramificação pois ele “corre” pelo fio do sistema de condução a longas distâncias, e se não for feita uma poda constante ocorrerá uma diminuição do local ativo onde haveria as gemas produtivas de cachos.
Para Alguns produtores estas informações são desconhecidas, mas para melhor conhecimento ou para esclarecimento de duvidas podem estar entrando em contato com a rede de assistência técnica ATER mais próxima.
A Agricultura familiar na Produção da uva esta relacionada a costumes culturais, devido a sua geração trabalhar com a planta, mas por esta ser de um paladar muito saboroso e possuir muitos derivados EX o vinho ter um aumento em seu comercio a fruta esta cada vez tomando mais espaço nos campos agricultáveis. È através dos produtores que põem em prática as indicações técnicas que cada vez mais expandimos a Agropecuária no mundo, sendo esta a cadeia alimentícia do planeta.
Cleyton Spies - Colunista do Jornal Oeste Notícias
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