Missal pode ser exemplo para festa alemã em Rondon

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Entidades de classe resolveram não realizar a Oktoberfest neste ano em Marechal Cândido Rondon por conta de um modelo frágil, que dá prejuízos e não enaltece a cultura germânica.
 
Os debates para repensar a festa a fim de promovê-la novamente em 2014 já iniciaram e devem ser intensificados em outubro, durante o fórum que será promovido para a discussão dos eventos oficiais do município.

Mas se em Marechal Rondon as últimas edições da Oktoberfest têm resultado em prejuízo, na região há modelos de festas tradicionais alemãs que têm dado muito certo. É o caso da Deutsches Fest, em Missal, que tem se mostrado fortemente ligada à tradição, gera lucros e tem participação maciça da comunidade.

"Não dá para entender. Marechal, com toda a tradição, estrutura e potencial que tem, não realizar a Oktoberfest". As palavras são de Décio Rohde, presidente da Comissão Central Organizadora da Deutsches Fest, festa típica alemã do município que parte para a 13ª edição. Em entrevista ao Jornal O Presente, ele conta algumas situações que podem até mesmo servir de exemplo para Marechal Cândido Rondon, que não terá a Oktoberfest neste ano.

A decisão de não realizar a Oktober foi tomada no fim de semana por representantes das entidades que promovem o evento e da administração pública rondonense. Missal tem se mostrado um município competente para a realização do evento. A receita, segundo Rohde, é manter o objetivo cultural, oferecer novidades em cada nova edição e programar a festa de forma antecipada e com a participação das entidades.

Os grupos de Missal - ou blocos, como são chamados em Marechal Rondon - são incentivados até mesmo com recursos financeiros, mas, em contrapartida, devem participar das atividades programadas. São três dias bem definidos e repletos de atividades. Na sexta-feira, a abertura é na avenida principal da cidade.

O desfile de carros alegóricos vai em direção ao Centro de Eventos, onde acontece a festa. Todos entram. Para que a participação seja maciça, os grupos que participam da organização são incentivados. "Oferecemos recursos, até mesmo financeiros, mas em contrapartida eles (grupos) devem participar das atividades, como escolher candidatas para rainha da festa, para o casal Fritz e Frida, participar dos bailes, de outras atividades, como o concurso do chope em metro, por exemplo", explica Rohde. Os mais de dez grupos que participam da festa em Missal todos os anos são parceiros da administração.

Outras oito entidades estão diretamente ligadas à realização da Deutsches. Além disso, patrocinadores garantem recursos para o evento. Os blocos, por exemplo, são incentivados financeiramente para a divulgação e venda de ingressos em municípios vizinhos nos dias que antecedem a festa. "Também oferecemos recursos para que eles façam os carros alegóricos e até roupas típicas. Com isso, eles (grupos) ficam comprometidos a participar efetivamente do evento. Só ganha incentivo participando das atividades", conta o coordenador de 11 das 12 edições já realizadas da Deutsches Fest.

A programação altamente cultural, com desfiles, apresentações folclóricas de grupos locais e a contratação das melhores bandas do gênero no Brasil fazem parte dos três dias do evento. Programação no sábado à tarde, com o Jogo do Barril, corrida do carrinho de mão e corrida do saco leva milhares de pessoas de outras cidades a Missal. "Temos uma grande preocupação com a questão cultural. Sabemos que não agrada a todos, mas não podemos perder o foco, o objetivo", pontua Rohde.


Fonte: O Presente

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